sábado , abril 27 2024

Polícia Civil cumpre ordem judicial em Cruz Alta contra organização criminosa

Uma organização criminosa, que tem como núcleo uma família especializada em burlar certames licitatóricos, foi alvo de uma operação da Polícia Civil e do Ministério Público nesta quinta-feira (16) em Cruz Alta e outras cinco cidades do Rio Grande do Sul.

A investigação chamada de Succedere aponta para a suspeita de lavagem de dinheiro proveniente de crimes licitatórios e crimes contra a ordem econômica e tributária. O grupo teria movimentado R$ 565 milhões, que foram bloqueados de 57 contas judiciais.

As ordens judiciais foram cumpridas nos municípios de Cruz Alta, Porto Alegre, Xangri-lá, Capão da Canoa, Tramandaí e Tupanciretã. O esquema criminoso se estendeu por mais de uma década, resultando em prejuízo ao erário e consequente lucro aos criminosos, o que permitiu que fosse constituído patrimônio importante.

No curso das investigações foi apurado que uma parte significativa desses valores foi sistematicamente lavado e de diversas formas. Contas foram abertas em nome de terceiros, veículos foram adquiridos e registrados em nome de “laranjas”, imóveis de luxo tiveram propriedade atribuída a pessoas da confiança dos protagonistas do esquema criminoso e, ainda, houve diversificação em investimentos variados, a exemplo da compra de parte do passe de jogadores de futebol, investimentos na construção civil e até em plantações de soja. Todas estas estratégias tinham o objetivo de afastar o dinheiro criminoso de sua origem espúria, dificultando a localização e recuperação pelo Estado.

Além do bloqueio de contas, o MP irá colocar em indisponibilidade 38 imóveis (avaliados em R$ 68 milhões) e da busca e apreensão de 28 veículos (avaliados em R$ 4.171.000,00). Foram 37 mandados de busca e apreensão em imóveis e empresas de investigados, buscando indícios de autoria e materialidade dos crimes investigados.

A organização criminosa figura como ré em aproximadamente 11 mil ações judiciais no ramo trabalhista, bem como gerou prejuízo em tributos ao erário na ordem de R$ 200 milhões. As empresas não pagavam os direitos trabalhistas de seus funcionários.

Fonte: Polícia Civil

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