As autoridades ucranianas acusaram nesta terça-feira (7) o Exército russo de ter detido e manter sob tortura cerca de 600 civis, incluindo jornalistas e ativistas pró-Kiev, na região de Kherson, ocupada pelas forças de Moscou.
“Segundo a nossa informação, cerca de 600 pessoas estão detidas em porões na região de Kherson”, onde estão “em condições desumanas e são vítimas de tortura”, informou Tamila Tacheva, representante permanente da presidência ucraniana na Crimeia.De acordo com a ucraniana, cerca de 300 civis estão “em Kherson e o restante dos indivíduos em outros assentamentos da região. Muitas pessoas são “jornalistas e militantes” que organizaram “manifestações pró-Ucrânia” após as tropas russas invadirem o território. Alguns dos ucranianos detidos na região, incluindo prisioneiros de guerra, foram enviados para prisões na Crimeia, segundo Tacheva. Banhada pelo Mar Negro e pelo Mar de Azov, a região ucraniana de Kherson, com uma área de cerca de 28 mil km², tinha mais de 1 milhão de habitantes antes do início da invasão russa. Hoje, uma fonte russa de alto escalão disse ao jornal Izvestia que as regiões de Kherson e Zaporizhzhia não serão incluídas no possível acordo de paz com a Ucrânia.
“Se Kiev fizer contato com Moscou, o status dessas duas regiões não será discutido, assim como a questão da Crimeia e do Donbass já está fechada para a Rússia”, explicou a fonte, observando que a maioria dos habitantes da região apoia a Rússia. O Kremlin, no entanto, negou a informação.
Fonte: Terra