Promoções suspeitas, ofertas de emprego, recompensas de grandes marcas e mais: veja as tentativas de fraude que estão populares em apps e saiba como se proteger
Golpes no WhatsApp e outras redes estão cada vez mais comuns, adaptados de várias formas para fazer novas vítimas. Os criminosos se aproveitam da facilidade oferecida por apps para poder roubar informações diversas, como número de telefone, documentação e até mesmo dados bancários. Para isso, espalham conteúdos suspeitos, como ofertas de emprego, promoções, fake news e até sorteios, com o intuito de fazer com que as pessoas acessem links maliciosos, façam transferências via Pix ou até mesmo baixem malwares em celulares Android e iPhone (iOS).
Golpes no WhatsApp estão cada vez mais comuns. Saiba o que fazer para se proteger — Foto: Ana Kellen/TechTudo
Golpe no roteador: como evitar? Veja no Fórum do TechTudo.
O golpe do trabalho falso consiste em uma mensagem por SMS ou WhatsApp que convida a pessoa para um suposto emprego de meio período. Na fraude, criminosos fingem ser gerentes de grandes empresas e oferecem salários diários de altos valores, que variam entre R$ 300 a R$ 1,5 mil. No final do texto, o golpista coloca um link para um suposto atendimento. O endereço pode enviar a vítima para outra conversa no WhatsApp, em que é pedido um valor para pagar um “curso” de preparação para iniciar o trabalho. No final, o curso é falso, e o usuário perde o valor investido.
Em outros casos, o link pode enviar a pessoa para uma plataforma que apresenta tarefas, que consistem em compras de produtos e avaliações com cinco estrelas em marketplaces com sistemas de afiliação, como a Amazon. A plataforma promete que, após a realização da compra e avaliação, ela receberá o estorno do valor, além de uma comissão.
Bandidos enviam links para aplicar golpes via WhatsApp — Foto: Reprodução/Flávia Fernandes
Inicialmente, o valor é realmente estornado, de forma que a pessoa passa a comprar produtos mais caros. Contudo, esses novos valores não retornam, e a plataforma pede para a vítima realizar mais compras para poder resgatar o valor e a comissão investidos anteriormente. Mas, depois disso, o serviço é encerrado, e o dinheiro gasto e os ganhos prometidos não são recebidos.
Para se proteger desse tipo de golpe, sempre desconfie de trabalhos que não venham por meio de canais oficiais. Além disso, também é importante não abrir links suspeitos recebidos por SMS, WhatsApp e outras redes sociais. Vale ainda utilizar a ferramenta dfndr lab, da PSafe, (“https://www.psafe.com/dfndr-lab/pt-br/”, sem aspas) para verificar se um link recebido é seguro ou não.
Nesse tipo de fraude, o criminoso envia um link malicioso para a vítima, com phishing, que o direciona para uma página falsa de um site “oficial”. Nesse site, é oferecido um brinde ou promoção. Em alguns casos, a mensagem avisa o usuário que ele tem um valor disponível para saque do FGTS. Em troca, a pessoa precisa cadastrar dados pessoais, como nome e CPF, seja para resgatar o dinheiro ou para participar da promoção. Outros casos podem envolver ataques cibernéticos e/ou vazamento de dados, feitos para roubar essas informações da vítima.
Com os dados, os golpistas podem acessar o aplicativo do Caixa Tem, utilizado para realizar transações do FGTS, e fazer a transferência do valor para suas próprias contas. Quando o usuário busca resgatar o dinheiro guardado, o montante já foi sacado pelos criminosos. Para se proteger, é importante desconfiar de mensagens recebidas em WhatsApp e outras redes sociais, além de sempre checar com a Caixa, por meio dos canais oficiais, os saques disponíveis e a forma de resgate. Vale ainda conferir se seus dados foram vazados em ataques cibernéticos ocorridos em apps. Veja maneiras de fazer essa verificação aqui. Além disso, outra dica válida é já concluir seu cadastro no aplicativo da Caixa Tem, para evitar que criminosos façam isso antes de você.
Golpe usa o pagamento do FGTS para roubar vítimas — Foto: Divulgação/PSafe
3. Golpe do Pix
O golpe do Pix pode ocorrer por meio da clonagem do WhatsApp, de forma que o criminoso acessa a lista de contatos de uma pessoa e começa a enviar pedidos de dinheiro para os familiares, amigos e conhecidos. O golpista pode solicitar o valor enquanto se passa por alguém, alegando que teve o celular quebrado e/ou roubado e precisa que aquele contato envie o dinheiro para a conta de quem realizará o conserto, além de outras possíveis apelações distintas.
Em outro caso, o criminoso pode ligar ou enviar mensagem para a vítima se passando por um banco e, assim, solicitando que a pessoa regularize ou cadastre chaves do sistema Pix. Nesse contato, informações são solicitadas, e o golpista passa a ter acesso à conta da vítima. Outros golpes por meio do Pix também podem ser feitos usando páginas falsas. Nesse tipo de fraude, o usuário cadastra dados confidenciais em links corrompidos, que roubam as informações compartilhadas para fazer transferências bancárias ilegais.
Para se proteger, é importante nunca fornecer dados como senha para desconhecidos e/ou sites desconhecidos, e ainda não realizar operações bancárias por telefone. Além disso, em caso de solicitação de dinheiro por contatos do WhatsApp, sempre confirme com a pessoa em questão de outras formas, seja por chamada de voz ou áudio. Também é importante nunca cadastrar chaves Pix fora das plataformas e bancos oficiais.
Criminosos usam links falsos para enganar usuários — Foto: Thássius Veloso / TechTudo
4. Golpe do Auxílio Emergencial
Esse tipo de fraude também ocorre por meio de phishing. Nela, o golpista envia um link falso para a vítima e coleta dados bancários, de forma que ele possa resgatar o valor no lugar dela. O criminoso pode realizar o pagamento de um boleto no aplicativo do Caixa Tem para receber o dinheiro em outra conta, ou ainda impossibilitar o acesso da vítima durante o período em que o valor é recebido, de maneira que ele mesmo possa sacar. Quando o beneficiário tenta receber o dinheiro, a quantia não está mais disponível.
Para não cair no golpe, é importante estar cadastrado no Caixa Tem e confirmar suas informações verdadeiras ao app, como número de telefone e e-mail. Também é necessário desconfiar de sites e links enviados por mensageiros, mesmo que sejam de pessoas conhecidas. Isso porque, às vezes, é possível que seus contatos tenham seus respectivos aparelhos infectados por malwares – que, por sua vez, enviam de maneira automática, via mensageiros, links maliciosos.
Golpe envia vítima a uma página falsa para roubar dados bancários — Foto: Rubens Achilles/TechTudo
5. Golpe de promoção/sorteio
Já nesse golpe, os criminosos usam marcas e empresas famosas para poder passar “credibilidade” à vítima. Uma divulgação com uma promoção ou brinde exclusivo é ofertada por meio de um link. Esse link, ao ser aberto, pode levar o usuário a cadastrar informações pessoais e bancárias. Ainda, também é possível que sejam instalados malwares para roubar esses dados do smartphone da vítima.
Para se proteger do golpe, é necessário ter atenção redobrada quando benefícios forem oferecidos. Também é preciso ficar de olho no site e redes sociais da marca em questão, para ver se há alguma divulgação oficial da promoção. Outra estratégia é instalar um antivírus no aparelho, para detectar e bloquear essas ameaças.
Fonte: TechTudo