Produtores de alimentos de origem animal do município devem se cadastrar no serviço para garantir a qualidade para comercialização
Para assegurar a qualidade dos alimentos de origem animal e seus derivados produzidos e comercializados pelas agroindústrias do município, a Secretaria Municipal de Desenvolvimento Rural e Meio Ambiente orienta os produtores a se registarem no Serviço Municipal de Inspeção (SIM). Atualmente são oito agroindústrias cadastradas que comercializam carnes e derivados, mel, ovos e um supermercado, que também passa por essa fiscalização.
A médica veterinária Ludmila Noskoski Salazar, uma das responsáveis por essa inspeção, salienta que a comunidade deve estar atenta ao consumo de produtos de origem animal que não são regulamentados. “Os produtos que não são inspecionados por nós não contêm o selo do SIM, colocado geralmente na carcaça do animal ou na embalagem do produto. É importante que a comunidade saiba dos riscos de consumir produtos sem essa fiscalização”.
Os alimentos comercializados clandestinamente oferecem riscos à saúde como as zoonoses, sendo as principais a tuberculose, a cisticercose e a brucelose. “Também as doenças transmitidas pelos alimentos, um exemplo muito comum é a salmonela, que tanto pode ocasionar diarreia e em casos mais graves levar a óbito”, alerta Ludmila.
A equipe municipal que realiza as inspeções do SIM é formada por três veterinários e uma fiscal sanitária. São feitos exames em laboratório periodicamente para análise dos produtos, que tem custo, e que garantem a qualidade dos alimentos que são comercializados pelos produtores cadastrados.
Adesão do município ao SUSAF-RS
Para comercialização de produtos agroindustriais de origem animal existem três esferas de fiscalização, o Serviço de Inspeção Federal, o Serviço de Inspeção Estadual e o SIM, já existente no município. Os produtores que são cadastrados somente no SIM, não podem comercializar alimentos em outas cidades do Estado, ou fora dele. A Secretaria estuda agora a adesão do município ao SUSAF-RS – Sistema Unificado Estadual de Sanidade Agroindustrial Familiar, Artesanal e de Pequeno Porte.
Com essa adesão, segundo Ludmila, as agroindústrias cruzaltenses cadastradas poderão comercializar seus produtos fora do município e em todas as cidades do Estado. “Isso possibilita expansão da comercialização e melhoria da renda dos produtores, que geralmente só vendem aqui, e terão a possibilidade de vender em outras cidades estando dentro das normas”, pontua a veterinária. Para que isso aconteça, já existe um Decreto que está sendo atualizado pela pasta, junto com manuais e planilhas. Assim que esta etapa estiver concluída, será feita a solicitação de adesão ao Governo do Estado.
Fonte: Prefeitura de Cruz Alta